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A Conta Chegou: Como o Novo Pacote Tributário do Governo Pode Afetar Seu Dinheiro

Introdução


O Governo Federal apresentou recentemente propostas de aumento da carga tributária que prometem impactar o bolso dos brasileiros — de investidores e empresários a trabalhadores e famílias de baixa renda. Entre os alvos estão instrumentos financeiros antes tidos como isentos ou vantajosos, como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).


Agora, ganham força rumores sobre a possível tributação também dos Fundos Imobiliários (FIIs) e dos FIAGROs (Fundos de Investimento nas Cadeias Agroindustriais), o que amplia ainda mais a preocupação entre investidores e setores produtivos.


1. Fim da isenção de LCI e LCA: golpe nos pequenos investidores

Historicamente isentas de Imposto de Renda, as LCIs e LCAs são alternativas seguras para investidores conservadores, especialmente pessoas físicas. A proposta do governo de tributar esses produtos pode:


  • Reduzir a atratividade dessas aplicações;

  • Elevar o custo de captação para o setor imobiliário e o agronegócio;

  • Enfraquecer a já frágil cultura de poupança e investimento da população.


Impacto direto: Investidores de perfil conservador (a maioria da população), sobretudo da classe média, terão menos rentabilidade e poderão migrar para produtos de maior risco.


2. Fundos Imobiliários (FIIs) e FIAGROs na mira do Fisco


Outro ponto que preocupa o mercado é a possibilidade de tributar os rendimentos distribuídos pelos FIIs e FIAGROs, atualmente isentos para pessoas físicas que respeitam os critérios legais.


Essa mudança afetaria diretamente:


  • A previsibilidade de renda passiva para milhares de investidores;

  • O financiamento do setor imobiliário e agroindustrial via mercado de capitais;

  • A atratividade desses fundos como alternativas aos imóveis físicos e à renda fixa.


Impacto direto: Redução da rentabilidade líquida desses fundos, com potencial

desvalorização das cotas e migração para ativos menos produtivos.


3. Aumento do IOF: um tributo silencioso e regressivo


O IOF é cobrado sobre operações de crédito, câmbio e seguros. Sua elevação afeta diretamente:


  • Financiamentos pessoais e empresariais;

  • Cartões de crédito;

  • Compras internacionais e importações.


Impacto direto: As classes mais baixas, que dependem do crédito rotativo, sentirão o aumento com mais força. Empresários terão maior custo para financiar suas atividades, o que pode ser repassado ao consumidor final.


4. Efeitos em cadeia: consumo, crédito e inflação


Com o encarecimento do crédito e menor retorno nos investimentos, o consumo tende a cair. Isso pode desacelerar a economia, reduzir arrecadação e aumentar a desigualdade, criando um efeito perverso de retroalimentação.

Os setores mais atingidos:


  • Classe média e baixa: Menor acesso ao crédito e menor proteção patrimonial;

  • Empreendedores e agronegócio: Redução no capital disponível para expansão e produção;

  • Mercado financeiro: Reprecificação de ativos e fuga de investimentos.


5. O argumento do governo: equilíbrio fiscal a qualquer custo?


O discurso oficial justifica as medidas como necessárias para recompor a arrecadação e manter programas sociais. No entanto, especialistas alertam que a equação fiscal não pode recair unicamente sobre quem produz, poupa ou consome com esforço.

Conclusão: precisamos falar de justiça tributária


Antes de pensar em aumentar impostos sobre quem já paga muito, é urgente discutir reforma tributária estrutural, combate à sonegação e revisão dos benefícios fiscais concentrados nos setores privilegiados da economia.


O contribuinte comum não pode continuar sendo o elo mais fraco da corrente tributária.

 
 
 

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