Investidores entram com ação coletiva contra JBS nos EUA

Uma ação coletiva foi aberta contra a JBS nos Estados Unidos por investidores que compraram ações da empresa entre 2 de junho de 2015 e 19 de maio de 2017, informou nesta sexta-feira (2) o escritório de advogacia Vincent Wong.
Conforme o comunicado, investidores que sofreram prejuízos têm até 21 de julho para solicitar ao tribunal nomeação como autor do processo, em tramitação na Corte do Distrito Leste de Nova York.
Em 22 de maio, a Reuters havia noticiado que escritórios norte-americanos de advocacia estavam recolhendo inscrições de interessados em se juntar a ações coletivas contra a JBS, em pelo menos sete processos relacionados ao escândalo da operação Carne Fraca, deflagrado pela Polícia Federal em meados de março.
O que alegam os investidores
Em comunicado sobre a abertura do processo, o Vincent Wong cita o pagamento de propina a órgãos reguladores para corromper inspeções nas fábricas da empresa (pontos investigados na Operação Carne Fraca), pagamentos de propina relatados pelo presidente do conselho de administração da empresa, Joesley Batista, a políticos e lobistas, além de empréstimos irregulares recebidos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O escritório também destaca as "operações suspeitas" feitas no mercado por Joesley e seu irmão Wesley Batista, presidente do frigorífico, antes da divulgação do acordo de delação premiada feito pelos executivos da empresa e que "indicam sinais de possível informação privilegiada" .
Segundo o escritório, em decorrência desses fatos, "os comunicados dos réus sobre os negócios, operações e perspectivas da JBS eram concretamente falsos e/ou faltavam fundamentos razoáveis em todos os momentos relevantes".