BC decreta liquidação extrajudicial do Banco Master e encerra negociações com Grupo Fictor
- Dr. Rodrigo Morello

- há 3 dias
- 4 min de leitura

📌 DESTAQUES DO CASO
⚖️ Caso: Liquidação extrajudicial do Banco Master
📅 Data: 18/11/2025
⚡ Decisão: Banco Central decreta liquidação extrajudicial do Banco Master
🏛️ Instância: Banco Central do Brasil
O Banco Central do Brasil decretou em 18 de novembro de 2025 a liquidação extrajudicial do Banco Master, encerrando negociações recentes com o Grupo Fictor. A decisão foi assinada pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, e envolve também a Master S.A. Corretora de Câmbio.
Principais Pontos
• Liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central em 18/11/2025
• Negociações com Grupo Fictor encerradas definitivamente
• Nomeação da EFB Regimes Especiais como liquidante
• Prisão do proprietário Daniel Vorcaro em operação da Polícia Federal
• Banco Master apresentava risco financeiro e gestão irregular
💬 "A liquidação do Banco Master acontece em razão do comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, com deterioração da situação de liquidez, bem como por infringência às normas que disciplinam a atividade bancária" - Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo"
Contexto do Caso
O Banco Master vinha apresentando crescimento acelerado baseado na captação de recursos a juros elevados e aquisição de ativos de baixa liquidez, como precatórios e empresas em dificuldades financeiras.
Desde setembro de 2025, o Banco Central já discutia a possibilidade de liquidação, após negar autorização para aquisição pelo Banco de Brasília (BRB).
O modelo de negócios do Master foi considerado problemático, pois emitia títulos garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) com taxas muito superiores à média do mercado.
Tentativas de venda da instituição, incluindo proposta do Grupo Fictor e do BRB, não avançaram devido a questionamentos e falta de transparência.
Decisão do Banco Central
Em 18 de novembro de 2025, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e da Master S.A. Corretora de Câmbio.
A decisão foi assinada pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, que também nomeou a EFB Regimes Especiais de Empresas como liquidante, com amplos poderes para administrar o processo.
A medida encerra definitivamente as negociações com o Grupo Fictor, que havia manifestado interesse menos de 24 horas antes.
O regime de liquidação é aplicado quando a instituição apresenta situação irrecuperável de insolvência ou infrações graves às normas bancárias.
Aspectos Jurídicos
A liquidação extrajudicial está prevista na legislação bancária para proteger o sistema financeiro e os credores em casos de insolvência.
O Banco Central atua como autoridade reguladora e fiscalizadora, podendo afastar administradores e nomear liquidantes para conduzir a liquidação.
A decisão se baseia na deterioração da liquidez do banco e na inobservância das determinações do Banco Central do Brasil.
Crimes investigados incluem gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, conforme apurações da Polícia Federal.
Impactos e Consequências
A liquidação provoca a venda dos ativos do Banco Master para pagamento dos credores na medida do possível.
O afastamento dos administradores e a prisão do dono Daniel Vorcaro indicam a gravidade das irregularidades.
Clientes e investidores devem acompanhar os procedimentos para resgate de valores, respeitando os limites do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
O caso reforça a atuação rigorosa do Banco Central na supervisão e controle das instituições financeiras.
Procedimentos da Liquidação
A EFB Regimes Especiais de Empresas, como liquidante, assume a administração do banco e conduz a venda dos ativos.
O processo de liquidação pode durar meses, dependendo da complexidade dos ativos e passivos envolvidos.
Credores serão chamados a apresentar seus créditos para habilitação no processo de liquidação.
O Banco Central acompanha e fiscaliza todo o procedimento para garantir transparência e legalidade.
Contexto Político e Econômico
A rejeição da compra pelo BRB e a negativa do Banco Central refletem preocupações sobre a viabilidade econômica do Banco Master.
O caso ocorre em um momento de maior rigor regulatório no sistema financeiro brasileiro, visando evitar riscos sistêmicos.
A prisão do proprietário e as investigações da Polícia Federal evidenciam o combate a fraudes e irregularidades no setor bancário.
O episódio serve de alerta para investidores e instituições sobre a importância da governança e conformidade regulatória.
Perguntas Frequentes
❓ O que é liquidação extrajudicial de banco?
É o processo administrativo pelo qual o Banco Central encerra as atividades de uma instituição financeira insolvente ou irregular, nomeando um liquidante para vender ativos e pagar credores.
❓ Quando o Banco Central pode decretar a liquidação?
Quando a instituição apresenta insolvência irrecuperável, grave violação das normas bancárias ou risco ao sistema financeiro, conforme previsto na legislação.
❓ Qual o papel do liquidante na liquidação?
O liquidante administra o banco em liquidação, vende ativos, habilita credores e busca pagar dívidas na ordem legal, sempre sob supervisão do Banco Central.
❓ O que acontece com os investidores após a liquidação?
Os investidores podem receber parte dos valores devidos conforme o resultado da venda dos ativos, respeitando os limites do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Conclusão
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master em 18/11/2025 devido à insolvência e irregularidades, encerrando negociações de venda e nomeando liquidante para administrar o processo.
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Fonte: https://www.tribunadosertao.com.br/geral/2025/11/18/819273-banco-central-decreta-liquidacao-do-banco-master-e-encerra-negociacao-com-grupo-fictor, https://bahiaeconomica.com.br/wp/2025/11/18/banco-central-decreta-liquidacao-extrajudicial-do-banco-master/, https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/11/18/banco-central-determina-a-liquidacao-extrajudicial-do-banco-master.ghtml















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