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Flávio Dino defende competência da Justiça do Trabalho em casos de pejotização

Flávio Dino defende competência da Justiça do Trabalho em casos de pejotização
Flávio Dino defende competência da Justiça do Trabalho em casos de pejotização Foto: Josue Marinho / Wikimedia Commons

📌 RESUMO DA NOTÍCIA


⚖️ Caso: Pejotização e competência da Justiça do Trabalho

📅 Data: 03/10/2025

⚡ Decisão: Ministro Flávio Dino defende que a Justiça do Trabalho deve julgar casos de pejotização, reforçando a proteção dos direitos sociais

🏛️ Instância: STF



O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a competência da Justiça do Trabalho para julgar casos de pejotização durante evento em São Paulo, no dia 3 de outubro de 2025.


Principais Pontos

• Flávio Dino defende que a Justiça do Trabalho é a instância adequada para julgar casos de pejotização.

• A pejotização é criticada por burlar direitos trabalhistas e precarizar o trabalho.

• O STF suspendeu todos os processos sobre pejotização até o julgamento do mérito.

• A decisão de Gilmar Mendes gerou embate entre o STF e a Justiça do Trabalho.

• Dino alerta para o risco de fragilização dos direitos sociais com a pejotização.


💬 "Não há democracia possível se o direito não é protegido. E é a Justiça do Trabalho, instituição prevista na Constituição Federal, chamada a concretizar o direito do trabalho, e tem feito isso de forma eficiente."



Contexto


A pejotização, prática de contratar trabalhadores como pessoas jurídicas, tornou-se um dos principais pontos de tensão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Justiça do Trabalho. Desde a reforma trabalhista de 2017, essa forma de contratação ganhou fôlego, provocando uma onda de ações questionando vínculos empregatícios camuflados sob a aparência de relações empresariais.

Em abril de 2025, o ministro Gilmar Mendes ordenou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a legalidade desse modelo, no âmbito do Tema 1.389 da repercussão geral. A suspensão vale até que o plenário julgue o mérito da tese.

A decisão de Gilmar Mendes gerou embate entre o STF e a Justiça do Trabalho, com críticas de que o STF estaria transformando a pejotização em regra civil, retirando do ramo trabalhista a competência para julgar a realidade dos contratos.


Defesa de Dino


Durante palestra no 15º Congresso Internacional de Direito e Processo do Trabalho, em São Paulo, o ministro Flávio Dino defendeu a competência da Justiça do Trabalho para julgar casos de pejotização. Ele ressaltou que a essência do trabalho não se altera por uma mera declaração, um contrato ou emissão de CNPJ, pois essa essência está na pessoa humana e sua necessidade de sobrevivência.

Dino afirmou que a Justiça do Trabalho, instituição prevista na Constituição Federal, é chamada a concretizar o direito do trabalho e tem feito isso de forma eficiente. Ele alertou para o risco de fragilização dos direitos sociais com a pejotização.

O ministro destacou que a tecnologia está no cerne das discussões sobre as novas relações de trabalho e que há necessidade de regulação. Segundo ele, não há espaço para posições extremadas, com uns dizendo que regulamentar tolherá a liberdade do trabalhador ou acabará com a livre iniciativa do setor privado.


Impactos


A suspensão de processos sobre pejotização pelo STF tem gerado grande insegurança jurídica, resultando na multiplicação de demandas que chegam ao STF, transformando-o, na prática, em instância revisora de decisões trabalhistas.

A decisão de Gilmar Mendes é vista como uma resposta à multiplicidade de decisões divergentes da Justiça do Trabalho, que estariam minando a segurança jurídica e sobrecarregando o STF com recursos repetitivos.

A juíza Taciela Cylleno alertou para o risco de que o STF transforme a pejotização em regra civil, retirando do ramo trabalhista a competência para julgar a realidade dos contratos. 'Essa decisão é simbólica e poderá abrir precedentes que fragilizam a proteção ao trabalho humano', afirmou.


Análise


A controvérsia em torno da pejotização reflete um embate mais amplo sobre a proteção dos direitos sociais e a regulação do trabalho no Brasil. A prática tem sido criticada por burlar direitos trabalhistas e precarizar o trabalho, especialmente com a chegada das novas tecnologias.

Flávio Dino ressaltou que há um 'ódio artificialmente construído' contra a CLT e um fomento a um 'falso empreendedorismo', referindo-se ao que amplamente vem sendo chamado de 'pejotização', que é uma forma de burlar direitos trabalhistas.

O ministro destacou que a previdência social sentirá essa mudança e quando as pessoas precisarem de ter seus direitos garantidos por conta de um acidente de trabalho, ou jornada de trabalho adoecedora, elas vão parar na justiça buscando o que outras instâncias não garantiram.


Repercussão


A defesa de Flávio Dino sobre a competência da Justiça do Trabalho em casos de pejotização gerou repercussão no meio jurídico e sindical. A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) e a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) apoiaram a posição do ministro.

A decisão de Gilmar Mendes foi criticada por juízes e sindicalistas, que veem risco de fragilização dos direitos sociais e da proteção ao trabalho humano.

O STF promoveu audiência pública para discutir a legalidade da pejotização nas relações de trabalho, com participação de especialistas e representantes de diversas entidades.


Perguntas Frequentes


❓ O que é pejotização?

Pejotização é a prática de contratar trabalhadores como pessoas jurídicas, geralmente para burlar direitos trabalhistas e precarizar o trabalho.


❓ Por que Flávio Dino defende a competência da Justiça do Trabalho?

Flávio Dino defende que a Justiça do Trabalho é a instância adequada para julgar casos de pejotização, pois é responsável por concretizar o direito do trabalho e proteger os direitos sociais.


❓ Qual foi a decisão do STF sobre pejotização?

O ministro Gilmar Mendes suspendeu todos os processos sobre pejotização até o julgamento do mérito pelo plenário do STF.


Conclusão


Flávio Dino defendeu a competência da Justiça do Trabalho para julgar casos de pejotização, reforçando a proteção dos direitos sociais e alertando para os riscos da precarização do trabalho.

Acompanhe as próximas decisões do STF sobre pejotização e a defesa dos direitos trabalhistas.


Fontes Oficiais: Principais Portais de Notícias


Foto: Josue Marinho via Wikimedia Commons – Licença: CC BY 3.0 [https://creativecommons.org/licenses/by/3.0]

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