top of page
  • Facebook Social Icon
  • X
  • LinkedIn Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • RSS ícone social

NM&TD ADVOGADOS

BLOG

STF e o Princípio da Proporcionalidade e Razoabilidade no Direito Administrativo: Aplicações e Impactos

Sede do Supremo Tribunal Federal em Brasília
Sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. Foto: Nicholas Bittencourt from Niteroi, Brasil / Wikimedia Commons

📌 RESUMO DA NOTÍCIA


⚖️ Caso: Princípio da Proporcionalidade e Razoabilidade no Direito Administrativo

📅 Data: 23/11/2025

⚡ Decisão: O STF consolidou que o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade limita a discricionariedade administrativa, exigindo medidas adequadas, necessárias e proporcionais para garantir direitos fundamentais e eficiência administrativa.

🏛️ Instância: Supremo Tribunal Federal (STF)



O princípio da proporcionalidade e razoabilidade no direito administrativo é fundamental para limitar a atuação estatal, assegurando que medidas administrativas sejam equilibradas e respeitem direitos fundamentais. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem aplicado esses princípios para garantir decisões administrativas justas e proporcionais no Brasil.


Principais Pontos

• O princípio da proporcionalidade exige que atos administrativos sejam adequados, necessários e proporcionais ao fim público.

• A razoabilidade atua em conjunto com a proporcionalidade para evitar arbitrariedades e excessos na administração pública.

• O STF reconhece esses princípios como implícitos na Constituição, vinculados ao devido processo legal e à dignidade da pessoa humana.

• Esses princípios limitam o poder discricionário da administração, garantindo eficiência e respeito aos direitos individuais.

• O controle judicial verifica se a administração respeitou esses critérios sem substituir o mérito administrativo.


💬 "O princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade é um postulado constitucional autônomo, fundamentado no devido processo legal, que assegura que a atuação administrativa não seja arbitrária ou excessiva em relação ao objetivo perseguido." (Gilmar Ferreira Mendes)"



Contexto Constitucional e Legal


O princípio da proporcionalidade e da razoabilidade está implícito na Constituição Federal brasileira, especialmente no artigo 5º, que trata do devido processo legal, e no artigo 37, que estabelece os princípios da administração pública. Embora não expresso textualmente, o STF reconhece esses princípios como fundamentais para a limitação do poder estatal e proteção dos direitos fundamentais.

A Lei nº 9.784/1999 explicita o princípio da proporcionalidade no artigo 2º, impondo que a administração pública não imponha obrigações ou sanções além do necessário para atender ao interesse público.

Esses princípios derivam da necessidade de equilibrar a atuação estatal com a proteção dos direitos individuais, evitando abusos e garantindo a eficiência administrativa. Eles funcionam como instrumentos para o controle da discricionariedade administrativa.


Elementos do Princípio da Proporcionalidade


O princípio da proporcionalidade é composto por três subprincípios: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. A adequação exige que o meio adotado seja apto para alcançar o fim desejado.

A necessidade determina que não existam meios menos gravosos para atingir o mesmo objetivo, evitando restrições desnecessárias.

A proporcionalidade em sentido estrito implica o equilíbrio entre os benefícios da medida e os ônus impostos, garantindo que a restrição aos direitos seja justa e razoável.


Aplicação no Direito Administrativo


No direito administrativo, esses princípios limitam o poder discricionário da administração pública, assegurando que suas decisões sejam proporcionais aos fins públicos e respeitem direitos e garantias individuais.

Por exemplo, na aplicação de sanções administrativas, como a demissão de servidor público, o STF exige que a penalidade seja adequada e proporcional à infração cometida, podendo substituir sanções excessivas por medidas mais brandas.

A administração deve fundamentar suas decisões demonstrando a observância desses princípios, sob pena de nulidade por falta de motivação adequada.


Jurisprudência do STF


O Supremo Tribunal Federal tem consolidado a aplicação do princípio da proporcionalidade e razoabilidade em diversas decisões, reconhecendo-os como princípios constitucionais implícitos e instrumentos de controle da legalidade e constitucionalidade dos atos administrativos.

O STF utiliza esses princípios para avaliar se a atuação administrativa respeita os direitos fundamentais e se não há excesso ou desvio de poder.

A corte tem destacado que o controle judicial não substitui o mérito administrativo, mas verifica se houve respeito aos critérios de adequação, necessidade e proporcionalidade.


Impactos e Repercussões


A aplicação desses princípios pelo STF fortalece o Estado Democrático de Direito, promovendo uma administração pública mais justa, eficiente e respeitosa aos direitos individuais.

Eles contribuem para a segurança jurídica, pois impõem limites claros à discricionariedade administrativa e orientam a atuação dos gestores públicos.

Além disso, esses princípios incentivam a transparência e a motivação adequada dos atos administrativos, facilitando o controle judicial e a participação cidadã.


Perguntas Frequentes


❓ Qual a diferença entre proporcionalidade e razoabilidade no direito administrativo?

A proporcionalidade exige que as medidas adotadas sejam adequadas, necessárias e proporcionais ao objetivo, enquanto a razoabilidade busca evitar decisões arbitrárias ou excessivas, garantindo equilíbrio e justiça na atuação administrativa.


❓ O princípio da proporcionalidade está previsto na Constituição Federal?

Embora não esteja expressamente previsto, o STF reconhece o princípio da proporcionalidade como implícito na Constituição, especialmente vinculado ao devido processo legal e aos direitos fundamentais.


❓ Como o STF aplica o princípio da proporcionalidade em sanções administrativas?

O STF avalia se a sanção é adequada e proporcional à infração cometida, podendo substituir penalidades excessivas por medidas menos gravosas, garantindo o respeito aos direitos do administrado.


❓ Qual o papel do controle judicial na aplicação desses princípios?

O controle judicial verifica se a administração respeitou os critérios de adequação, necessidade e proporcionalidade, sem substituir o mérito administrativo, assegurando que não haja abuso ou desvio de poder.


Conclusão


O STF consolidou que o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade são fundamentais para limitar a discricionariedade administrativa, garantindo medidas adequadas, necessárias e proporcionais que respeitem direitos fundamentais e eficiência pública.

Conheça mais sobre os princípios constitucionais aplicados ao direito administrativo e fortaleça sua compreensão sobre a atuação estatal responsável.


Fontes Oficiais:

https://www.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/Dout15anos/article/download/3681/3771.pdf


Foto: Nicholas Bittencourt from Niteroi, Brasil via Wikimedia Commons – Licença: CC BY-SA 2.0 [https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0]

Comentários


desfazer_edited.png
bottom of page