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Tributação sobre Dividendos: Perspectivas e Impactos para 2026 no Brasil

Tributação sobre Dividendos: Perspectivas e Impactos para 2026 no Brasil
Tributação sobre Dividendos: Perspectivas e Impactos para 2026 no Brasil Foto: Tara Winstead / Pexels

📌 RESUMO DA NOTÍCIA


⚖️ Caso: Nova Tributação de Dividendos no Brasil

📅 Data: 01/01/2026

⚡ Decisão: A partir de 2026, dividendos pagos a pessoas físicas serão tributados com retenção na fonte de 10% sobre valores mensais superiores a R$ 50.000,00, encerrando décadas de isenção.

🏛️ Instância: Geral



A tributação sobre dividendos no Brasil passará por mudanças significativas a partir de 1º de janeiro de 2026, com a volta da incidência de imposto sobre esses rendimentos para pessoas físicas. A nova legislação, fruto da Lei n. 15.270/2025, estabelece retenção de 10% na fonte para dividendos que ultrapassem R$ 50.000,00 mensais, impactando investidores e empresas em todo o país.


Principais Pontos

• Dividendos pagos a pessoas físicas acima de R$ 50.000,00 por mês terão retenção de 10% na fonte a partir de 2026.

• A tributação também incide sobre dividendos pagos a beneficiários no exterior, independentemente do valor.

• Foi criado o Imposto de Renda Pessoa Física Mínimo (IRPFM) para rendas anuais superiores a R$ 600.000,00, com alíquota progressiva até 10%.

• Lucros e dividendos deliberados até 31/12/2025 e pagos entre 2026 e 2028 permanecem isentos, conforme legislação transitória.

• A soma da tributação na pessoa jurídica e física não poderá ultrapassar 34% para empresas não financeiras e 45% para financeiras.


💬 "A nova regra estabelece retenção de 10% na fonte sobre dividendos pagos a pessoas físicas quando o total mensal ultrapassar R$ 50.000,00, encerrando décadas de isenção no Brasil."



Contexto da Tributação de Dividendos


Historicamente, o Brasil isentou os dividendos da tributação na pessoa física, considerando que a empresa já havia pago impostos sobre o lucro. Essa política vigorou por décadas, incentivando a distribuição de lucros sem incidência direta para os acionistas.

No entanto, críticas sobre a falta de progressividade e a possibilidade de planejamento tributário agressivo levaram o legislador a revisar essa isenção, buscando maior equidade fiscal e aumento da arrecadação.

A Lei n. 15.270/2025, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2026, marca uma mudança estrutural ao instituir a tributação de dividendos, com regras específicas para diferentes faixas de rendimento e tipos de beneficiários.

Essa alteração está alinhada a uma tendência global de revisão da tributação sobre rendimentos de capital, visando reduzir desigualdades e ampliar a base tributária.


Principais Mudanças para 2026


A partir de 2026, dividendos pagos a pessoas físicas que ultrapassarem R$ 50.000,00 por mês sofrerão retenção na fonte de 10%, sem possibilidade de deduções na base de cálculo.

Para beneficiários residentes no exterior, a retenção será de 10% independentemente do valor pago, garantindo tributação uniforme sobre dividendos internacionais.

Foi instituído o Imposto de Renda Pessoa Física Mínimo (IRPFM), que estabelece alíquotas progressivas para rendas anuais acima de R$ 600.000,00, podendo atingir até 10%, com ajuste na declaração anual para evitar bitributação ou compensar retenções.

Lucros e dividendos deliberados até 31 de dezembro de 2025 e pagos entre 2026 e 2028 continuam isentos, permitindo planejamento para distribuição antecipada sem incidência imediata do imposto.

Além disso, a legislação limita a soma da tributação na pessoa jurídica e física a 34% para empresas não financeiras e 45% para instituições financeiras, evitando carga tributária excessiva.


Impactos para Empresas e Investidores


Empresas precisarão adaptar seus sistemas para realizar a retenção na fonte dos 10% sobre dividendos que ultrapassarem o limite mensal, assumindo responsabilidade pelo recolhimento do imposto.

Investidores pessoas físicas deverão considerar a nova tributação em seu planejamento financeiro, especialmente aqueles que recebem dividendos elevados, pois poderão ter aumento na carga tributária efetiva.

A possibilidade de compensação do imposto retido na fonte na declaração anual traz complexidade, exigindo maior atenção à contabilidade e ao cumprimento das obrigações acessórias.

Para investidores estrangeiros, a tributação uniforme de 10% sobre dividendos pagos no Brasil pode afetar a atratividade do mercado, embora a possibilidade de crédito do imposto retido seja prevista.

O prazo estendido até abril de 2026 para distribuição de lucros acumulados até 2025 sem incidência do imposto oferece oportunidade para planejamento tributário e mitigação de impactos iniciais.


Análise da Nova Tributação


A retomada da tributação sobre dividendos busca corrigir distorções fiscais e aumentar a progressividade do sistema tributário brasileiro, alinhando-se a práticas internacionais.

A alíquota fixa de 10% na fonte simplifica a arrecadação, mas a introdução do IRPFM progressivo busca garantir justiça fiscal para os contribuintes de alta renda.

No entanto, a medida pode gerar efeitos colaterais, como a redução da atratividade para investimentos em ações e a necessidade de ajustes na estrutura societária para otimização tributária.

A limitação da carga tributária total evita a bitributação excessiva, mas o impacto líquido dependerá do perfil do investidor e da composição da renda tributável.

É fundamental que empresas e investidores busquem orientação especializada para adequar-se às novas regras e aproveitar os prazos de transição.


Perspectivas e Repercussões Futuras


Espera-se que a nova tributação sobre dividendos aumente a arrecadação federal e promova maior equidade na distribuição da carga tributária no Brasil.

O mercado financeiro poderá ajustar suas estratégias, com possível aumento na demanda por instrumentos financeiros que ofereçam benefícios fiscais ou menor incidência tributária.

A legislação poderá ser objeto de ajustes futuros, conforme a experiência prática e o impacto econômico observado nos primeiros anos de vigência.

A transparência e a comunicação clara sobre as mudanças são essenciais para evitar insegurança jurídica e garantir o cumprimento adequado das obrigações.

Por fim, o tema continuará em debate no meio jurídico e econômico, com atenção especial às decisões judiciais e eventuais modificações legislativas que possam surgir.


Perguntas Frequentes


❓ Quando começa a valer a nova tributação sobre dividendos?

A nova tributação entra em vigor em 1º de janeiro de 2026, conforme a Lei n. 15.270/2025.


❓ Qual é a alíquota aplicada sobre os dividendos?

Será aplicada uma retenção de 10% na fonte sobre dividendos pagos a pessoas físicas que ultrapassarem R$ 50.000,00 por mês.


❓ Como funciona o Imposto de Renda Pessoa Física Mínimo (IRPFM)?

O IRPFM é um imposto progressivo que incide sobre rendas anuais superiores a R$ 600.000,00, com alíquotas que podem chegar a 10%, ajustado na declaração anual para garantir uma tributação mínima.


❓ Os dividendos pagos a investidores no exterior também serão tributados?

Sim, dividendos pagos a beneficiários no exterior terão retenção de 10% na fonte, independentemente do valor pago.


Conclusão


A partir de 2026, a tributação sobre dividendos no Brasil será retomada com retenção de 10% na fonte para valores mensais superiores a R$ 50.000,00, além da criação do IRPFM para altas rendas, promovendo maior equidade fiscal.

Fique atento às mudanças e consulte especialistas para planejar seus investimentos e adequar sua empresa às novas regras tributárias de 2026.


Fontes Oficiais: Principais Portais de Notícias


Foto: Tara Winstead via Pexels

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